segunda-feira, 19/05/2025
Cena do filme Aliados, com Brad Pit e Marion Cotillard

Aliados – Da Espionagem Ao Amor Incondicional 513b8

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Aline Laranjeira 7242t

3-estrelas

Pano de fundo: Segunda Guerra Mundial. Missão: Aniquilar um embaixador nazista em Casablanca. Consequência: Casal de espiões contratado para o serviço se apaixona desesperadamente. E assim a trama de Aliados cresce ao longo das duas horas, embora repleta de erros e acertos.

Robert Zemicks, cineasta conhecido por sua direção em Forrest Gump, faz aqui um trabalho mediano. Enquadramentos e planos não ressaltam a fisionomia e expressão dos protagonistas, salvo por algumas cenas em que o close-up foi muito bem empregado, enaltecendo, inclusive a personagem da Marion Cotillard, Marianne Beausejour.

Ângulos que engrandecessem a figura do Brad Pitt deixaram a desejar, transando um personagem distante e, durante algumas cenas, alheio à história decorrente. Apesar de uma química interessante em cena, os protagonistas não se elevam de modo que as interpretações sejam dignas de serem lembradas. A direção tornou o casal bastante comum, ainda mais, levando-se em consideração que o objetivo do roteiro consiste em valorizar a trajetória amorosa da dupla.

Um fato polêmico existente em seu roteiro, que cabe contestação em virtude do período histórico suscitado na trama, é a presença de um casal lésbico assumidamente explícito em épocas em que a homossexualidade não era tolerada por quase nenhum cidadão, além de ser considerada doença, especialmente na Inglaterra. Em vista disso, visualiza-se um erro histórico crasso, devido à naturalidade com que se trata a questão em tempos de elevados registros de castração química em consequência dessa relação afetiva.

Tratando-se de aspectos técnicos, como maquiagem, direção de arte e fotografia, a equipe realizou um trabalho interessante. A maquiagem foi fiel à época retratada, com a vestimenta adequada ao contexto. O tom sério e pesado das roupas femininas, preponderante na década de 1940, por exemplo, foi bem empregado. A direção de arte em conjunto com a fotografia enriqueceu a história em que os protagonistas pareciam, diversas vezes, ausentes.

Cinematografia rica e abundante, os ares nazistas, especialmente em Casablanca, entretêm o telespectador, que pode ansiar por novos suspenses ao longo do enredo, visto que se a numa época de grandes conturbações, além de ser possível considerar interessante certas recordações ao filme de 1942(Casablanca), também ambientado na mesma cidade.

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