Cultura Empresarial

Chegou a hora de o Brasil vender os lenços k1r5u

Compartilhe:

  3p6w4k

Por Juliano César Souto (*)

 

Como a inflexão geopolítica global pode abrir caminho para o Brasil sair do Fla-Flu ideológico e conquistar um novo protagonismo estratégico nos próximos 50 anos.

 

“Enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Poucas frases populares traduzem tão bem o momento que o Brasil atravessa no tabuleiro global. A guerra tarifária entre China e Estados Unidos está longe de ser apenas um embate comercial: trata-se de uma inflexão geopolítica profunda, que abre espaço para novos protagonistas. O Brasil, se tiver visão, coragem e projeto, pode ser um deles.

Mas isso exige mais do que estabilidade. Exige projeto de nação.

A China, ao longo das últimas cinco décadas, transformou sua economia com base em estratégia de longo prazo, foco em educação, domínio das cadeias produtivas e investimentos massivos em infraestrutura. Como mostram os estudos de Michael Wood (História da China) e Henry Kissinger (Sobre a China), a potência asiática não se fez com pressa, mas com propósito e continuidade. O Brasil, por sua vez, ainda parece preso a um palanque político erguido nos anos 1950, onde esquerda e direita trocam farpas, mas não constroem soluções de país.

Hoje temos vantagens reais:

  • Solidez fiscal, com mais de US$ 350 bilhões em reservas;
  • Matriz energética limpa e renovável;
  • Cadeia agroalimentar estratégica e consolidada;
  • Biodiversidade única e localização geográfica privilegiada.
Um projeto transformador

Mas falta o mais importante: um projeto que transforme essas vantagens em inclusão, produtividade e prosperidade.

Educação, Segurança e Crescimento Pessoal 5h2s4c

Um país não cresce apenas com obras ou auxílios. Cresce com educação em tempo integral, com foco técnico, digital e socioemocional. Cresce quando segurança pública deixa de ser pauta de campanha e se torna um direito assegurado. E cresce de forma sustentável quando políticas de transferência de renda não substituem o esforço pessoal, mas estimulam o desenvolvimento das capacidades individuais.

As Vantagens Natas de um Povo Criativo e Resiliente 393h6n

O brasileiro possui talentos que o mundo valoriza — e que precisam ser potencializados:

  • Simpatia e acolhimento, base para o turismo e os serviços;
  • Iniciativa empreendedora, com milhões de MEIs, autônomos e pequenos negócios que constroem soluções todos os dias;
  • Destreza manual, ideal para setores industriais, criativos e logísticos;
  • Riqueza natural e mineral, com grande potencial de transformação e agregação de valor por meio de inovação e sustentabilidade.

Vender Lenços em Vez de Lamentar k6b6r

Enquanto EUA e China disputam tarifas, chips e rotas comerciais, o Brasil pode — se agir com maturidade — avançar sobre as lacunas que essa disputa abre:

  • Ser fornecedor estratégico em cadeias globais de alimentos, energia limpa e biotecnologia;
  • Desenvolver tecnologia nacional com base em demandas locais, dominando toda a cadeia: da pesquisa à produção, dos insumos à comercialização, com um forte “Made in Brazil”;
  • Estimular um modelo de desenvolvimento sustentável, que combine produtividade com inclusão;
  • Valorizar sua geopolítica: somos o centro da América do Sul, a maior fronteira verde do mundo e o principal eixo sul-atlântico.

Como apontam estudos da Fundação Dom Cabral, vivemos uma transição nas cadeias produtivas globais, com realocação de investimentos e oportunidades concretas nos setores de alimentos, energia e inovação ambiental. O mundo quer novos parceiros — e o Brasil pode ser um deles. Se quiser.

O Novo Ciclo Está Diante de Nós 3g383i

Como bem argumenta o historiador Neill Lochery, em Brasil: A Segunda Guerra Mundial e a Construção do Brasil Moderno, foi justamente em meio a um cenário de conflito global que o país deu seus primeiros os rumo à industrialização e ao protagonismo. Agora, novamente diante de uma encruzilhada histórica, o Brasil tem a chance de iniciar um novo ciclo de desenvolvimento — mais maduro, mais pragmático e mais inclusivo.

A crise atual é uma chance rara de reposicionamento. Mas exige sair da mesmice. Abandonar o debate raso entre esquerda e direita, e pensar como uma nação com vocação de potência. O modelo chinês ensina a importância do planejamento. A ruptura global mostra que há espaço.

O Brasil precisa apenas decidir que quer ser mais do que espectador.

Mas, para isso, é preciso descer do palanque, parar de chorar…

E começar, enfim, a vender os lenços.

 

Nota sobre a IA

O autor utilizou a ferramenta IA GPT-4.0 para organizar a estrutura do texto, revisar a ortografia e gerar gráficos, sempre a partir da interação e direcionamento do autor. Todas as ideias, mensagens e reflexões foram inseridas e conduzidas pelo autor, com a IA atuando como um apoio técnico para otimização da escrita.

 

 

Compartilhe:
Juliano César Faria Souto

Estanciano, 61 anos, de Empresas graduado pela Faculdade de istração de Brasília, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Atua como sócio- da FASOUTO, empresa do setor atacadista distribuidor e autosserviço.

Posts Recentes 66264x

Codex Vitae 3ll2j

Por Tácio Brito (*) s mudanças são um assunto recorrente em meus escritos, considero esse…

13 horas atrás

Envelhecer é inevitável, ficar velho é opcional xu5l

  Por Luiz Thadeu Nunes  (*)   ouve um tempo, e não faz tanto tempo…

1 dia atrás

Fundat abre inscrições para cursos e oficinas de qualificação 2x4r3b

  A Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) abriu nesta sexta-feira, 16, as…

2 dias atrás

Setor de transporte mobiliza colaboradores e sociedade contra a exploração sexual de crianças e adolescentes 372u43

  Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de…

2 dias atrás

Baixa produtividade: de quem é a culpa? 2i435l

  Por Juliano César Souto (*) O mito da culpa do trabalhador Nas análises econômicas,…

2 dias atrás

Desemprego se mantém estável em Sergipe, mas rendimento médio cresce 13,2% 5j963

A taxa de desocupação em Sergipe se manteve estável no primeiro trimestre de 2025 em…

2 dias atrás