Poeta amazonense Thiago de Mello Foto: Portal Cultura Amazonas 3v6i59
Vozes fundamentais para a manutenção da vida são silenciadas a todo instante. Por vezes, a morte chega lenta, marota, tira o batimento dos corações e dos pulsos de um punhado de homens e mulheres que lançam ou lançaram luz sobre o mundo. Outras vezes, é o próprio homem que se adianta e se expressa com brutalismos e desgovernanças e violentas violências. No fim de tudo, é a vida quem termina sendo derrotada, esmagada, esganiçada, deturpada, estuprada, abafada… Daí que a rudeza da revolta precisa também vigorar, para que o canto pela existência insista em brotar de nossas bocas e mãos e abraços.
A poesia presente em “Faz escuro mas eu canto” é aberta aos anseios da população brasileira, mesmo das gentes que mais se distanciam da região natural ao poeta. Em tempos tão sombrios como os de agora, nada mais útil e necessário do que beber da fonte de palavras e versos que nos inspiram coragem e luta. Se faz escuro, mas se cantamos, se não calamos, se não cessamos de erguer a voz e o braço, a manhã chega, a manhã chegará. Pode até tardar, mas chega, chegará.
É tempo de esperança, ainda é tempo de esperança. É tempo de buscar a vida verdadeira dentro de estatutos do Homem que não os impeçam de seguir adiante. É preciso cantar cantos de companhia em Tempos de Cuidados, elaborar toadas de ternura, criar palavras de alegria no corpo e na alma, insistir no pão nosso de cada dia, cantar a música que clareia, o fonema que é raiz, desinventar o amargo das coisas todas, ser o próprio sereno a serenar.
É preciso trabalhar
todos os dias
pela alegria geral.
É preciso aprender
esta lição todos os dias
e sair pelas ruas
cantando e repartindo
a esperança,
a mão cristalina,
a fronte fraternal.
Thiago de Mello.
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